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terça-feira, 12 de abril de 2011

Geleiras / Morenas ou morainas



Geleira (português brasileiro) ou glaciar (português europeu) é uma grande e espessa massa de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. É dotada de movimento e se desloca lentamente, em razão da gravidade, relevo abaixo, provocando erosão e sedimentação glacial.



As geleiras ou glaciares podem apresentar extensão de vários quilômetros e espessura que pode também alcançar a faixa dos quilômetros. A neve que restou de uma estação glacial dá-se o nome de nevado (usa-se também o termo alemão Firn e o francês nevé). O nevado é uma etapa intermediária da passagem da neve para o gelo. À medida que se acumulam as camadas anuais sucessivas, o nevado profundo é compactado, recongelando-se os grânulos num corpo único.

O gelo das geleiras é o maior reservatório de água doce sobre a Terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras cobrem uma vasta área das zonas polares mas ficam restritas às montanhas mais altas nos trópicos. Em outros locais do sistema solar, as grandes calotas polares de Marte rivalizam-se com as da Terra.

Dentre as características geológicas criadas pelas geleiras estão as morenas, ou moreias terminais ou frontais, mediais, de fundo e as laterais, que são cristas ou depósitos de fragmentos de rocha transportados pela geleira; os vales em forma de U e circos em suas cabeceiras, e a franja da geleira, que é a área onde a geleira recentemente derreteu.

                                                  Patagônia, geleira Perito Moreno.



                                                 Noruega, geleira de Briksdal.




                                                           Bolívia, geleira de Sorata



                                                          Washington, geleira Lyman




                                           Vista panorâmica da geleira Aletsch, Suíça.





                                Movimento

                 A geleira Spegazzini, na Argentina. Uma geleira de maré desprendendo massas de gelo.
O gelo comporta-se como um sólido quebradiço até que a pressão que tem em cima alcança os 50 metros de espessura do gelo. Uma vez ultrapassado este limite, o gelo comporta-se como um material plástico e começa a fluir. O gelo glaciário consiste de camadas de moléculas colocadas umas sobre as outras. As uniões entre as camadas são mais débeis que as existentes dentro de cada camada, de modo que quando o esforço ultrapassa as forças das ligações que mantêm as capas unidas, estas se deslocam umas sobre as outras.


Outro tipo de movimento é o deslizamento basal do gelo. Este se produz quando a geleira inteira desloca-se sobre o terreno no qual se encontra. Neste processo, a água de fusão contribui para o deslocamento do gelo mediante a lubrificação. A água líquida origina-se em decorrência da diminuição do ponto de fusão à medida que aumenta a pressão. Outras fontes para a origem da água de fusão podem ser a fricção do gelo contra a rocha, o que aumenta a temperatura e por último, o calor proveniente da Terra.

O deslocamento de uma geleira não é uniforme já que está condicionado pela fricção e a força de gravidade. Devido à fricção, o gelo glaciário inferior move-se mais lentamente que as partes superiores. À diferença das zonas inferiores, os gelos úmidos nos 50 metros superiores não estão sujeitos à fricção e, portanto são mais rígidos. Esta seção é conhecida como zona de fratura. O gelo da zona de fratura viaja em cima do gelo inferior e quando este passa através de terrenos irregulares, a zona de fratura cria fendas que podem ter até 50 metros de profundidade, onde o fluxo plástico as fecha. A rimaia é um tipo especial de fenda que somente forma-se nas geleiras de anfiteatro e tem uma direção transversal ao movimento pela gravidade da geleira. Poderia dizer-se que é uma fenda que se forma nos pontos onde se separa a neve do fundo do circo do gelo que, todavia está bem grudado na parte superior.




                 Morenas ou morainas   




Morenas ou morainas.O nome mais comum para os sedimentos das geleiras é o de morenas ou morainas. O termo tem origem francesa e foi atribuído por camponeses para referir-se aos rebordos e terraplanagens aluviais de sedimentos encontrados perto das bordas das geleiras nos Alpes franceses. Na geologia moderna, este termo é mais usado num sentido mais lato, porque se aplica a uma série de formas, todas elas compostas por tilito.



Há diferentes tipos de morenas, conforme a posição que ocupam na geleira:



Morena terminal

Uma morena terminal é um montículo de material removido previamente e que se deposita ao término de uma geleira. Este tipo de morena forma-se quando o gelo está fundindo e evaporando perto do gelo da extremidade da geleira a uma velocidade igual a que o avanço fazia adiante da geleira desde sua região de alimentação. Ainda que o extremo da geleira esteja estacionário, o gelo segue fluindo depositando sedimentos como um cinturão transportador.

Morena de fundo

Quando a ablação supera a acumulação, a geleira começa a retroceder; à medida que o faz, o processo de sedimentação da cinturão transportador continua deixando um depósito de tilito em forma de planícies onduladas. Esta camada de tilito suavemente ondulada se chama morena de fundo. As morenas terminais que se depositaram durante as estabilizações ocasionais da frente de gelo durante os retrocessos se denominam morenas de retrocesso.

Morena lateral

As geleiras de vale produzem dois tipos de morenas que aparecem exclusivamente nos vales de montanha. O primeiro deles chama-se morena lateral. Este tipo de morena se produz pelo deslizamento da geleira produzindo severos atritos de encontro às paredes do vale em que estão confinadas; desta maneira os sedimentos se acumulam de forma paralela às laterais do vale.

Morena central

O outro tipo são as morenas centrais. Este tipo de morenas é exclusivo das geleiras de vale e se forma quando as geleiras se unem para formar uma só corrente de gelo. Neste caso as morenas laterais se unem para formar uma franja central escura.

Morena superficial

estão situadas na superfície da geleira.

Morena frontal

situam-se na parte dianteira da geleira.


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