Após sete anos de soberania no Brasil, o Orkut está perdendo espaço para o Facebook, que aumentou em 479% o número de usuários em 2010. A plataforma de rede social inventada por Mark Zuckerberg deverá dominar o país ainda este ano. Saiba o que há por trás dessa tendência da internet
Facebook, maior plataforma digital de rede social do mundo, começou 2011 muito bem, com mais de 500 milhões de usuários ativos no planeta e um valor de mercado estimado em US$ 50 bilhões (R$ 80 bilhões), depois de uma injeção de investimentos do banco Goldman Sachs e da empresa russa Digital Sky Technologies. Mesmo sem investimento privado, o Facebook já estava operando no azul. O modelo de negócios da empresa de Mark Zuckerberg se sustenta por meio da venda de anúncios, de bens virtuais (figuras e animações que podem ser compradas na rede social) e participação nos lucros de empresas que desenvolvem aplicativos para a plataforma. Estima-se que apenas os jogos sociais - em que o usuário pode comprar itens especiais com dinheiro - já gerem mais lucro do que os games de console.
Rede verde-amarela
De fato, a entrada do Orkut no Brasil foi explosiva. No seu início, em 2004, só ingressava na rede quem recebia convite. "Isso despertou o interesse das pessoas e gerou um boca a boca por convites", conta Lima. "O Brasil é um país marcado pela exclusão social e valoriza o status e a cultura dos VIPs. Há uma valorização individual no fato de ser necessário convite para entrar numa rede", interpreta. O Orkut também foi uma das primeiras plataformas de rede social, o que despertou a atenção da imprensa e dos internautas, enquanto o Facebook nasceu restrito a estudantes de universidades dos EUA, em Harvard, Stanford e Columbia.
MARK ZUCKERBERG, criador da rede social Facebook.
A tendência para 2011 é que o Facebook cresça como a rede social usada por brasileiros
"O Facebook é uma novidade que está sendo adotada por early adopters, aqueles primeiros usuários do Orkut, que, em 2004, desfilavam felizes com os seus perfis e foram os primeiros a migrar para o Facebook", diz o diretor da e.life. A equipe que desenvolve a plataforma investiu nessa migração. No ano passado, por exemplo, ainda era possível importar contatos do Orkut para o Facebook, hoje, não. "A migração de um usuário é estimulada pela própria migração de sua rede social", nota Lima.
Nada pode impedir a mudança dos usuários. Para as empresas, reter o interesse nas redes sociais é a alma do negócio. "Veja o exemplo do Orkut, que, para atrair mais visitas, recentemente passou a usar a estratégia do Facebook de dar mais visibilidade às atualizações dos usuários", observa Lima. Muitos, hoje, mantêm perfis em mais de uma rede social. Segundo o CEO da e.Life, o melhor jeito de fidelizar o usuário é investir em funcionalidades e aplicativos para induzi-lo a permanecer mais tempo na plataforma.
"Uma diferença clara entre o Orkut e o Facebook é que o último investiu rapidamente em aplicativos", ressalta. Os recursos que agregam jogos sociais - categoria em que é necessária a colaboração de amigos -, atualizações de status, fotos e notícias prendem o usuário no endereço de web. Para Lima as redes sociais, como Facebook, não devem ser meros "sites", mas sim grandes plataformas.
"A rede social é uma plataforma que reúne tudo o que o usuário gosta. É como se fosse um sistema operacional, como o Windows. Quando usamos o computador, estamos o tempo todo no Windows. A ideia das plataformas é agregar mecanismos online que atendam às necessidades dos usuários. Antes, as redes conectavam pessoas. Hoje, conectam pessoas a notícias e fatos - tanto que os principais veículos de comunicação já possuem páginas no Facebook.
"Futuramente, o Facebook conectará sites e objetos reais, como produtos na prateleira de um supermercado. A estratégia é transformar todas as coisas em 'objetos sociais' e conectálas por meio da plataforma, mantendo, assim, o usuário mais dependente dela", explica o diretor da e.Life.
O crescimento das redes sugere que as plataformas de interação não são moda passageira. O MSN Messenger - que hoje é sinônimo de bate-papo e endereço de internet - é uma rede que permanece viva por facilitar o dia a dia das pessoas. Além disso, a utilização crescente das redes sociais por empresas reforça a sua seriedade. Twitter, Facebook e Orkut estão sendo cada vez mais incorporados às estratégias online das companhias.
Facebook, maior plataforma digital de rede social do mundo, começou 2011 muito bem, com mais de 500 milhões de usuários ativos no planeta e um valor de mercado estimado em US$ 50 bilhões (R$ 80 bilhões), depois de uma injeção de investimentos do banco Goldman Sachs e da empresa russa Digital Sky Technologies. Mesmo sem investimento privado, o Facebook já estava operando no azul. O modelo de negócios da empresa de Mark Zuckerberg se sustenta por meio da venda de anúncios, de bens virtuais (figuras e animações que podem ser compradas na rede social) e participação nos lucros de empresas que desenvolvem aplicativos para a plataforma. Estima-se que apenas os jogos sociais - em que o usuário pode comprar itens especiais com dinheiro - já gerem mais lucro do que os games de console.
Rede verde-amarela
De fato, a entrada do Orkut no Brasil foi explosiva. No seu início, em 2004, só ingressava na rede quem recebia convite. "Isso despertou o interesse das pessoas e gerou um boca a boca por convites", conta Lima. "O Brasil é um país marcado pela exclusão social e valoriza o status e a cultura dos VIPs. Há uma valorização individual no fato de ser necessário convite para entrar numa rede", interpreta. O Orkut também foi uma das primeiras plataformas de rede social, o que despertou a atenção da imprensa e dos internautas, enquanto o Facebook nasceu restrito a estudantes de universidades dos EUA, em Harvard, Stanford e Columbia.
MARK ZUCKERBERG, criador da rede social Facebook.
A tendência para 2011 é que o Facebook cresça como a rede social usada por brasileiros
"O Facebook é uma novidade que está sendo adotada por early adopters, aqueles primeiros usuários do Orkut, que, em 2004, desfilavam felizes com os seus perfis e foram os primeiros a migrar para o Facebook", diz o diretor da e.life. A equipe que desenvolve a plataforma investiu nessa migração. No ano passado, por exemplo, ainda era possível importar contatos do Orkut para o Facebook, hoje, não. "A migração de um usuário é estimulada pela própria migração de sua rede social", nota Lima.
Nada pode impedir a mudança dos usuários. Para as empresas, reter o interesse nas redes sociais é a alma do negócio. "Veja o exemplo do Orkut, que, para atrair mais visitas, recentemente passou a usar a estratégia do Facebook de dar mais visibilidade às atualizações dos usuários", observa Lima. Muitos, hoje, mantêm perfis em mais de uma rede social. Segundo o CEO da e.Life, o melhor jeito de fidelizar o usuário é investir em funcionalidades e aplicativos para induzi-lo a permanecer mais tempo na plataforma.
"Uma diferença clara entre o Orkut e o Facebook é que o último investiu rapidamente em aplicativos", ressalta. Os recursos que agregam jogos sociais - categoria em que é necessária a colaboração de amigos -, atualizações de status, fotos e notícias prendem o usuário no endereço de web. Para Lima as redes sociais, como Facebook, não devem ser meros "sites", mas sim grandes plataformas.
"A rede social é uma plataforma que reúne tudo o que o usuário gosta. É como se fosse um sistema operacional, como o Windows. Quando usamos o computador, estamos o tempo todo no Windows. A ideia das plataformas é agregar mecanismos online que atendam às necessidades dos usuários. Antes, as redes conectavam pessoas. Hoje, conectam pessoas a notícias e fatos - tanto que os principais veículos de comunicação já possuem páginas no Facebook.
"Futuramente, o Facebook conectará sites e objetos reais, como produtos na prateleira de um supermercado. A estratégia é transformar todas as coisas em 'objetos sociais' e conectálas por meio da plataforma, mantendo, assim, o usuário mais dependente dela", explica o diretor da e.Life.
O crescimento das redes sugere que as plataformas de interação não são moda passageira. O MSN Messenger - que hoje é sinônimo de bate-papo e endereço de internet - é uma rede que permanece viva por facilitar o dia a dia das pessoas. Além disso, a utilização crescente das redes sociais por empresas reforça a sua seriedade. Twitter, Facebook e Orkut estão sendo cada vez mais incorporados às estratégias online das companhias.
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