Na Ásia, tem a tribo das "mulheres-girafa", integrantes da comunidade karen-padaung. que vivem no norte da Tailândia
A etnia karen, à qual os padaungs pertencem, possui uma tradição cultural muito remota e antiga. O fato de seus membros se protegerem mutuamente constitui a base da sua organização social. Suas tradições, desenvolvidas ao longo de muitos séculos, são cheias de detalhes particulares. Toda a comunidade trabalha para que tais detalhes não sejam esquecidos. Uma primeira característica que chama a atenção de quem os visita é a beleza das mulheres karens.
Na entrada da aldeia, nas laterais de uma rua de terra batida, pequenos bangalôs exibem artesanatos maravilhosos: echarpes coloridas, anéis, bolsas... Uma infinidade de cores. Entrávamos no reino dos long ears ("orelhas longas"), como também são conhecidos os karen-padaungs.
Eles são um dos povos mais antigos do Sudeste da Ásia. Já habitavam essas montanhas bem antes de a região ser dividida em muitas nações. Para eles, a orelha é uma das partes mais sagradas do corpo humano. Por isso, tornou-se importante adorná-la. Na mulher, a orelha adornada exprime a beleza; no homem, a força. Na comunidade que visitávamos, essa tradição, hoje, é mantida apenas pelas mulheres casadas.
A etnia karen possui uma tradição cultural muito remota e antiga, repleta de detalhes particulares. o fato de seus membros se protegerem mutuamente constitui a base de sua organização social
Boa parte dos karens migrou da região do Triângulo Dourado, em Mianmar (a antiga Birmânia), para se fixar no norte da Tailândia. A etnia é, na verdade, uma confederação de várias tribos intimamente relacionadas. Cada uma das suas aldeias possui dialetos próprios, bem como distintos padrões de beleza e de costumes.
Alguns passos mais e o grupo das "mulheres-girafa", ou karen baan thaton.
A expressão "mulher-girafa" (long neck, em inglês) deriva de um curioso costume das mulheres dessa tribo: elas usam grandes anéis de latão ao redor do pescoço. Isso os faz parecer muito mais compridos do que o normal. Fico atônita diante das emoções que sinto: elas são lindas e vestem-se com trajes muito coloridos, mas os anéis no pescoço me causam estranheza e desconforto.
Além de usar anéis no pescoço, braços e pernas, essas mulheres muitas vezes enfeitam suas orelhas com vários brincos e adornos de marfim.
Sinal de beleza e status, os anéis no pescoço começam a ser colocados nas meninas por volta dos 5 ou 6 anos de idade. A cada ano que passa, outros anéis são adicionados. Uma mulher adulta usa 37 anéis de bronze em volta do pescoço e esse é considerado o número ideal.
Anéis sinal de beleza e de riqueza
Muitos conhecem os karens radicados no norte da Tailândia como o povo "das mulheres girafas".Mas as mulheres que usam esses anéis de latão ao redor do pescoço pertencem, na verdade a um subgrupo dos karens conhecido como padaung. Outros subgrupos da mesma etnia ão praticam esse costume.
Há várias versões sobre a razão pelas quais os karenpadaungs praticam esse costume bizarro.Sua própria mitologia explica que o fazem para impedir que os tigres, outrora abundantes na região, os mordam.Outros dizem que isso deixa as mulheres pouco atraentes, tornando-as pouco interessantes para os mercadores de escravas.A explicação mais mais corrente, no entanto, é o contrário de tudo isso: os pescoços extralongos são considerados um sinal de grande beleza e riqueza, e com eles uma mulher consegue um marido melhor.Parece, no entanto, que o adultério é punido com a remoção dos anéis.Nesse caso, como os músculos do pescoço ficaram severamente enfraquecidos depois de passar anos sem suportar o peso da cabeça, a mulher não mais conseguirá ficar em pé, sendo obrigada a passar o resto da sua vida deitada.De qualquer forma, segundo informam pesquisadores que estudaram os karens, o adultério e o divórcio entre os membros desse grupo são extremamente raros.
Seja qual for a origem do costume, uma das principais razões que o fazem perdurar até os dias de hoje, sobretudo na Tailândia, é o turismo. Embora tenham migrado para a Tailândia nas últimas décadas, vindos da vizinha Mianmar, os pedaungs rapidamente se tornaram uma grande atração para os turistas estrangeiros amantes das longas caminhadas em montanhas.
A etnia karen, à qual os padaungs pertencem, possui uma tradição cultural muito remota e antiga. O fato de seus membros se protegerem mutuamente constitui a base da sua organização social. Suas tradições, desenvolvidas ao longo de muitos séculos, são cheias de detalhes particulares. Toda a comunidade trabalha para que tais detalhes não sejam esquecidos. Uma primeira característica que chama a atenção de quem os visita é a beleza das mulheres karens.
Na entrada da aldeia, nas laterais de uma rua de terra batida, pequenos bangalôs exibem artesanatos maravilhosos: echarpes coloridas, anéis, bolsas... Uma infinidade de cores. Entrávamos no reino dos long ears ("orelhas longas"), como também são conhecidos os karen-padaungs.
Eles são um dos povos mais antigos do Sudeste da Ásia. Já habitavam essas montanhas bem antes de a região ser dividida em muitas nações. Para eles, a orelha é uma das partes mais sagradas do corpo humano. Por isso, tornou-se importante adorná-la. Na mulher, a orelha adornada exprime a beleza; no homem, a força. Na comunidade que visitávamos, essa tradição, hoje, é mantida apenas pelas mulheres casadas.
A etnia karen possui uma tradição cultural muito remota e antiga, repleta de detalhes particulares. o fato de seus membros se protegerem mutuamente constitui a base de sua organização social
Boa parte dos karens migrou da região do Triângulo Dourado, em Mianmar (a antiga Birmânia), para se fixar no norte da Tailândia. A etnia é, na verdade, uma confederação de várias tribos intimamente relacionadas. Cada uma das suas aldeias possui dialetos próprios, bem como distintos padrões de beleza e de costumes.
Alguns passos mais e o grupo das "mulheres-girafa", ou karen baan thaton.
A expressão "mulher-girafa" (long neck, em inglês) deriva de um curioso costume das mulheres dessa tribo: elas usam grandes anéis de latão ao redor do pescoço. Isso os faz parecer muito mais compridos do que o normal. Fico atônita diante das emoções que sinto: elas são lindas e vestem-se com trajes muito coloridos, mas os anéis no pescoço me causam estranheza e desconforto.
Além de usar anéis no pescoço, braços e pernas, essas mulheres muitas vezes enfeitam suas orelhas com vários brincos e adornos de marfim.
Sinal de beleza e status, os anéis no pescoço começam a ser colocados nas meninas por volta dos 5 ou 6 anos de idade. A cada ano que passa, outros anéis são adicionados. Uma mulher adulta usa 37 anéis de bronze em volta do pescoço e esse é considerado o número ideal.
Anéis sinal de beleza e de riqueza
Muitos conhecem os karens radicados no norte da Tailândia como o povo "das mulheres girafas".Mas as mulheres que usam esses anéis de latão ao redor do pescoço pertencem, na verdade a um subgrupo dos karens conhecido como padaung. Outros subgrupos da mesma etnia ão praticam esse costume.
Há várias versões sobre a razão pelas quais os karenpadaungs praticam esse costume bizarro.Sua própria mitologia explica que o fazem para impedir que os tigres, outrora abundantes na região, os mordam.Outros dizem que isso deixa as mulheres pouco atraentes, tornando-as pouco interessantes para os mercadores de escravas.A explicação mais mais corrente, no entanto, é o contrário de tudo isso: os pescoços extralongos são considerados um sinal de grande beleza e riqueza, e com eles uma mulher consegue um marido melhor.Parece, no entanto, que o adultério é punido com a remoção dos anéis.Nesse caso, como os músculos do pescoço ficaram severamente enfraquecidos depois de passar anos sem suportar o peso da cabeça, a mulher não mais conseguirá ficar em pé, sendo obrigada a passar o resto da sua vida deitada.De qualquer forma, segundo informam pesquisadores que estudaram os karens, o adultério e o divórcio entre os membros desse grupo são extremamente raros.
Seja qual for a origem do costume, uma das principais razões que o fazem perdurar até os dias de hoje, sobretudo na Tailândia, é o turismo. Embora tenham migrado para a Tailândia nas últimas décadas, vindos da vizinha Mianmar, os pedaungs rapidamente se tornaram uma grande atração para os turistas estrangeiros amantes das longas caminhadas em montanhas.
odiei
ResponderExcluirodiei
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